More than crossing borders (EN)
Más que cruzar fronteras (ES)
Mais do que atravessar fronteiras (PT)
Alguma vez pensaste porque é que gostas/ não gostas de viajar? O que é que gostas nas viagens? O que é que não gostas quando viajas?
Este artigo é sobre diferentes maneiras de viajar, e como viajar significa muito mais do que atravessar fronteiras.
Tempos de adolescência
Viajar era algo que eu adorava fazer quando era adolescente. Todos os anos, a minha irmã e eu, viajávamos com os nossos pais para destinos variados. Como os nossos pais eram divorciados, viajávamos garantidamente para dois destinos diferentes. Podíamos simplesmente viajar para outra parte de Portugal ou para o outro lado do mundo. Nessa altura, a minha participação na organização da viagem era quase inexistente, eu queria era ir. No entanto, sabia mais ou menos o que iríamos ver: os monumentos, os parques, as atrações turísticas etc. Também comprávamos daqueles livros práticos com guias da cidade que nos encaminhavam para o que ver/ fazer e íamos marcando um “certo” em cada missão cumprida. Estes guias davam algum jeito, até porque continham um mapa da cidade na contra-capa, para o caso de nos perdermos.
Apesar de nos encontrarmos de férias havia, na maior parte das vezes, um certo stress envolvido. Encontrar o hotel, encontrar um telefone público para ligar à restante família a avisar que chegamos vivos ao destino, tentar perceber a dinâmica dos transportes públicos para nos deslocarmos ou tentar comunicar em línguas menos conhecidas. Tudo isso era sinónimo de stress e só agora com alguma distância o consigo reconhecer. Talvez, porque quando estamos num sítio que não conhecemos, temos tendência para ficar alerta, o que faz com que fiquemos mais vigilantes e menos relaxados.
Independente da maneira como viajávamos, eu sentia-me sempre agradecida por poder ter essa oportunidade. Tivemos a possibilidade de ver praias bonitas, parques, atrações & monumentos, e eu agradeço muito a ambos os meus pais por isso.
Tempos de jovem adulta
Aos 20 anos, enquanto fazia Erasmus (um programa de intercâmbio na Europa) na Alemanha por um ano, tive a oportunidade de viajar com uma amiga num interrail. Comprámos o passe de comboio que nos permitia entrar na carruagem a qualquer hora e descer onde quiséssemos (dentro de cinco ou seis países selecionados). Nas mochilas levávamos uns pares de meias, cuecas e comida. Não tínhamos grandes planos nem tampouco sabíamos onde iríamos dormir. Desta forma estaríamos livres e abertas a todas e quaisquer oportunidades que se apresentassem no nosso caminho. Fazíamos o que nos apetecesse e assim que nos fartássemos de uma cidade, subíamos no comboio que nos levasse ao próximo destino. Numa semana, estivemos em quatro países diferentes – Áustria, Eslováquia, República Checa e Hungria. Obviamente que só ficávamos com uma ideia de cada sítio mas o melhor disto tudo era a sensação de liberdade. Liberdade porque o tempo não existia pois não havia nada que tivesse de ser feito, ninguém para encontrar, nenhum sítio onde estar a determinada hora. Não estávamos dependentes de nada e nada estava dependente de nós.
Pela primeira vez na minha vida, viajar tinha outro sabor e possibilidades infinitas.
Tempos diferentes
Por alguns anos, trabalhei em hotéis em Amesterdão e como tal pude testemunhar várias formas de viajar. As pessoas que viajavam com a “casa atrás”, as pessoas que raramente saíam do bar do hotel, as pessoas que se perderam e só voltaram ao hotel passados dois dias, as pessoas que vestiram sempre a mesma roupa porque a bagagem se tinha perdido, a família de sete membros que queria caber num quarto para dois, etc. Acho que vi de tudo e tenho histórias hilariantes dessa época.
Uma coisa é certa: não há forma correta ou errada de se viajar. Viajar é só uma forma de sairmos da nossa zona de conforto. E sair da zona de conforto para alguns pode ser viajar para a cidade mais próxima de casa, enquanto que para outros será necessário ir para muito mais longe.
Tempos recentes
No início de 2017, a minha viagem (sozinha) começou em Bali com a Nico e uma amiga minha, onde viajámos juntas por duas semanas. Quando o regresso a casa delas se aproximava, comecei a sentir-me desamparada e com alguma incerteza nesta decisão de viajar sozinha. Por esse motivo, decidi inscrever-me em aulas de cozinha indonésia e começar assim que elas se fossem embora. Aquela semana a aprender a cozinhar comida tradicional balinesa, à base de plantas e com uma chefe local, deu um novo propósito à minha viagem. A partir daquele momento decidi que iria cozinhar em cada país que eu passasse, pratos tradicionais (veganos), com chefes e cozinheiros nativos. E assim foi. Á Indonesia seguiu-se a Tailândia, Malásia, Vietname e Camboja.
Juntar duas paixões minhas – comida vegana e viajar – deu um novo sentido a esta viagem. De uma certa forma até facilitou a minha escolha nos destinos seguintes, já que eu estava um pouco dependente dos cozinheiros e chefes disponíveis para me ensinarem. E encontrar esses cozinheiros e chefes não foi uma tarefa fácil.
Passar um mês em cada país não significava cozinhar a toda a hora. Na verdade, eu só tinha cinco ou seis aulas de cozinha com cada chefe. No tempo restante, estava numa relação de amor-ódio com as outras pessoas: ou a esconder-me delas (como uma boa introvertida faria) ou a socializar com as que tinham algo em comum comigo – turistas ou locais.
Na verdade, ter este propósito na viagem, era uma maneira de me introduzir a cada cultura, e cozinhar tornou-se numa boa desculpa para estar mais com pessoas locais. Pessoas locais que depois se tornavam amig@s meus e que me apresentavam aos amig@s deles. Mais cedo ou mais tarde, estava a encontrar-l@s para fazermos caminhadas, jantares e festas. El@s conectavam-me com mais amig@s noutras cidades e eu rapidamente me sentia integrada, ainda que estando do outro lado do mundo.
Com o passar do tempo, viajar passou a ser muito mais do que ver um monumento, nadar em praias de águas cristalinas ou tirar uma fotografia na frente de uma escultura. Tornou-se numa experiência cultural que envolve todos os sentidos. Fez-me perceber que são as pessoas com quem nos cruzamos no caminho que fazem a diferença na experiência. Fez-me perceber que a minha zona de conforto não se limita a espaço ou distância mas sim à interação com as pessoas.
Nota para tempos futuros
Já alguma vez pensaste porque é que é importante para ti tirar uma fotografia em frente a um edifício, só pelo facto deste se encontrar noutro sítio, longe de casa? Seguramente toda a gente o faz ou fez no passado, eu incluída (ora dá uma vista de olhos à imagem que ilustra este artigo). Mas isso dirá alguma coisa sobre a viagem que fizeste? E se, em vez de tirares essa fotografia, escreveres sobre os vistas do sítio, o que gostas mais nessa cidade, qual é a energia dos habitantes, o que achas do edifício com o qual estavas prestes a tirar uma foto?
Mais até, porque não perguntar a uma pessoa local qual a história do edifício? E se ela não souber bom, podes sempre contar-lhe uma história sobre o teu edifício preferido na tua cidade.
As memórias que temos com as pessoas são as que fazem boas histórias. E as histórias que trazemos para casa, para contarmos aos amigos e família são muito mais valiosas que as fotografias. As fotografias… essas podemos postar nas redes sociais para elevar o nosso ego. Mas é só isso.
Um agradecimento especial aos chefes e cozinheiros que me ensinaram, elevando a minha viagem a outro nível: Chef Yin Boey, Malaika Secret Moksha, Andy Teo, Kashew Cheese, Justin Parke & Srey Pov Haing
More than crossing borders (EN)
Have you ever thought why you like/ don’t like traveling? What do you like about traveling? What don’t you like about traveling?
The following article is about different ways of traveling and how it is much more than crossing borders.
Teenager times
Traveling was something that I was always looking forward to as a teenager. Every year, my sister and I, would travel to different places with our parents. As our parents were divorced, we had guaranteed two different destinations. It could be simply traveling to another part of Portugal or to the other side of the world. At the time I didn’t participate much in the planning, I just wanted to go. However, I knew more or less what we were going to see: the monuments, the parks, the tourist attractions etc. We would buy city guide-books that made it easier for us to check the marks as we went. It was handy, as most of them had a map of the city at the back cover, in case we got lost.
Even though we were on holidays, there was most of the time, some kind of stress involved. Figuring out where the hotel was, finding a public phone to call the family to tell them we arrived safely, understanding how the public transportation worked in order to get to places or trying to communicate in other languages. It all meant stress at some level and I only acknowledge it now, with some distance. Maybe because when you are somewhere unknown, you stay in an alert mode that makes you vigilant and doesn’t allow relaxation to sink in.
Regardless the way we travelled, it was something I was always grateful for. We got to see beautiful beaches, parks, attractions & monuments and I thank both my parents for that.
Young adult times
At 20 years old, while doing an exchange program in Germany for one year, I got the chance to travel with a girlfriend on an inter city rail. We bought the train pass that would allow us to hop aboard anytime and hop off anywhere (within a selection of five or six countries). We packed our rucksacks with a couple pairs of socks, underwear and food. Nothing really was planed, not even the places where we would sleep. In this way we would be free and open to any opportunity that would show up in front of us. We just did whatever we felt like doing and as soon as we were done with a city, we would hop on the train again to the next destination. In one week, we were able to be in four different countries – Austria, Slovakia, Czech Republic and Hungary. Obviously we only got a glimpse of every place but the best thing in the end of the day was the feeling of freedom. Freedom because time didn’t exist as there was nothing that had to be done, there was no one to be met, there was nowhere to be at a certain time. We were not dependent on anything and nothing was depended on us.
For the first time in my life, traveling had another taste and infinite possibilities.
Different times
As I got to work in hospitality in Amsterdam for quite some time, I got to see different ways of traveling. The people that arrived with their “whole house” inside the luggage, the people that barely left the hotel bar to see the city, the people that got lost outside and came back to the hotel after a couple days, the people that always wore the same clothes because their bag got lost, the seven members family that wanted to fit in a double room, etc. I think I saw it all and have hilarious stories from that period.
One thing is for sure: there’s no right or wrong way on how to travel. Traveling is just a way of getting out of our comfort zone. And someone’s comfort zone can mean traveling two hours away from their home or a bit more or a lot more.
Recent times
In the beginning of 2017, my (solo) trip started in Bali with Nico and a girlfriend of mine, where we travelled together for a couple weeks. When their time to say goodbye was approaching, I started to feel emptiness and a huge uncertainty of what was to come. So I decided to enroll in Indonesian cooking classes as soon as they left. That week of learning Balinese plant based cooking with a local chef gave me a new purpose to my travelling experience. From that moment on, I would cook in every single country, traditional (plant based) food, with local cooks or chefs. And so I did. Indonesia was followed by Thailand, Malaysia, Vietnam and Cambodia.
Merging two passions of mine – plant based food and traveling – gave a new twist to this trip. In a way, made it easier for me to decide which next country I would travel to, as I was dependent on finding cooks and chefs that were able or willing to teach me. And that was not an easy task.
Spending a month in each country didn’t mean cooking all the time. In fact, I would only have five or six cooking classes with each chef. In the remaining time I was in a love-hate relationship with other people: either hiding from them, as a good introvert would do, or hanging out with like-minded fellow travellers or locals.
In truth, having this purpose of traveling was a way of introducing me to every culture and cooking became a good excuse to hang out and bond with local people. Local people that then became my friends and would introduce me to their friends. Sooner or later, I was meeting them for hikes, dinners and parties. They would connect me to more friends in other cities and I quickly felt like I belonged, despite being on the other side of the world.
With time, traveling became for me more then seeing a new monument, sunbathing in a crystal clear beach or taking a picture in front of a famous sculpture. It became a fully cultural experience involving all senses. It made me understand that the people we cross paths with, while on the road, are the ones that make or break an experience. It made me realize that my comfort zone is not limited by space or distance but ratter by interacting with people.
A note for future times
Have you ever thought why is it important for you to take pictures in front of a building, just because it’s situated somewhere else, away from home? One thing is for sure, I do it (check out the picture illustrating this article), everybody does it or has done it in the pass. But does that say anything about your trip, either than checking a mark on your “what to see” list? What if, instead of taking the picture, you write about what you are looking at, what did you like about the city, what was the vibe of the locals, what did you think of the building you were about to take a picture with?
Even further, why not asking a local the story of the building? And if they don’t know, well you can always tell them a story about the best looking building in your hometown.
The memories we have with people are the ones that make good stories. And the stories we bring home to tell friends and family are much more appreciated than pictures. The pictures…those we can post on social media to praise our ego. But that’s it.
Special shout out to thank all the cooks and chefs that teached me and brought my trip to another level: Chef Yin Boey, Malaika Secret Moksha, Andy Teo, Kashew Cheese, Justin Parke & Srey Pov Haing
Más que cruzar fronteras (ES)
¿Alguna vez has pensado por qué te gusta/no te gusta viajar? ¿Qué te gusta o no te gusta cuando viajas?
Este artículo es sobre diferentes maneras de viajar, y cómo viajar significa mucho más que cruzar fronteras.
Tiempos de la adolescencia
Viajar era algo que me encantaba hacer cuando era adolescente. Todos los años, mi hermana y yo, viajábamos con nuestros padres a destinos variados. Como nuestros padres estaban divorciados, viajábamos siempre a dos destinos diferentes. A veces íbamos simplemente a otra parte de Portugal otras veces íbamos al otro lado del mundo. En ese momento, mi participación en la organización del viaje era casi inexistente, todo lo que quería era ir. Sin embargo, sabía más o menos lo que íbamos a ver: los monumentos, los parques, las atracciones turísticas, etc. Compráramos aquellos libros prácticos con guías de la ciudad que nos encaminaban hacia lo que ver/hacer e íbamos marcando un “X” en cada misión cumplida. Estos guías eran muy útiles especialmente porque contenían un mapa de la ciudad en la contra-capa, para el caso de perderse.
Aunque estuviéramos de vacaciones había, la mayoría de las veces, un cierto estrés involucrado. Encontrar el hotel, encontrar un teléfono público para avisar al resto de la familia habíamos llegamos y estaba todo bien, entender la dinámica del transporte público para desplazarse o intentar comunicarnos en idiomas menos conocidos. Todo eso era sinónimo de estrés y sólo ahora con cierta distancia lo puedo reconocer. Quizás, porque cuando estamos en un sitio que no conocemos, tenemos la tendencia para permanecer en modo de alerta, lo que nos hace más vigilantes y menos relajados.
Independiente de cómo viajábamos, siempre sentía gratitud por poder tener esa oportunidad. Tuvimos la posibilidad de ver hermosas playas, parques, atracciones y monumentos, y agradezco mucho a ambos mis progenitores por eso.
Tiempos de joven adulta
A los 20 años, mientras estaba de Erasmus (un programa que facilita la movilidad académica dentro de la UE) en Alemania (por un año), tuve la oportunidad de viajar con una amiga en un “interrail”. Hemos comprado el bono de tren que nos permitía entrar subir en cualquier momento y bajar donde quisiéramos (dentro de cinco o seis países seleccionados). En las mochilas llevábamos calcetines, braguitas y comida. No teníamos muchos planes ni tampoco sabíamos dónde iríamos a dormir. De esta forma estaríamos libres y abiertas a todas las oportunidades que se pudieran presentar en nuestro camino. Hacíamos lo que nos daba la gana y cuando nos hartábamos de una ciudad, subíamos en el tren que nos llevaría al próximo destino. En una semana habíamos estado en cuatro países diferentes – Austria, Eslovaquia, la República Checa y Hungría. Evidentemente vimos cada sítio muy por encima pero lo mejor de todo era la sensación de libertad. Libertad porque el tiempo no existía pues no había nada que hacer por obligación, nadie para encontrar, ningún sitio donde estar a cierta hora. No estábamos dependientes de nada y nada dependía de nosotros.
Por primera vez en mi vida, viajar tenía otro sabor y posibilidades infinitas.
Tiempos diferentes
Cuando vivía en Ámsterdam trabajé algunos años en hostelería y pude conocer varias maneras de viajar. Estaba la gente que llevaba toda su casa en las maletas, la gente que siempre llevaba la mismo porque había perdido las maletas, las personas que casi no salían del bar del hotel, la familia de siete que quería meterse en una habitación de dos, etc. Creo que he visto de todo y tengo historias muy chistosas de esa época.
Una cosa es cierta: no hay manera correcta de viajar. Viajar es solo una manera de uno salir de su zona de confort. Y la zona de confort de cada uno es diferente, para unos para salir basta ir al pueblo más cercano, para otros hay que ir mucho más lejos.
Tiempos recientes
A principios de 2017, mi viaje (sola) empezó en Bali con Nico y una amiga mía, viajamos juntas por dos semanas. Cuando el regreso a casa de ellas se acercaba, empecé a sentirme desamparada y con cierta incertidumbre en esta decisión de viajar sola. Así que decidí inscribirme en clases de cocina indonesia y empezar tan pronto cuanto se marchasen. Aquella semana aprendiendo a cocinar comida tradicional balinesa, de base vegetal y con una chef local, dio un nuevo propósito a mi viaje. A partir de ese momento decidí que iba a cocinar en cada país que visitase, platos tradicionales (veganos), con chefs y cocineros nativos. Y así lo hice. A Indonesia se siguió Tailandia, Malasia, Vietnam y Camboya.
Juntar dos pasiones mías – comida vegana y viajar – dio un nuevo sentido a este viaje. De cierta manera incluso facilitó la elección de los siguientes destinos, ya que estaba un poco dependiente de los cocineros y chefs disponibles para enseñarme. Y encontrar a esos cocineros y chefs no fue una tarea fácil.
Pasar un mes en casa país no significaba cocinar todo el tiempo. En realidad solo tenía cinco o seis clases de cocina con cada chef. El el tiempo que sobraba tenía una relación amor-odio con la gente: o me escondía (como una verdadera introvertida) o socializaba con gente con la que tenía algo en común – personas locales o turistas.
De hecho este reto gastronómico de mi viaje era una forma de conocer mejor cada cultura, y cocinar acabó siendo una muy buena excusa para pasar más tiempo con personas locales. Personas esas que se convertían en amigas que por si vez me presentaban a sus amig@s. En poco tiempo ya estábamos todos quedando para hacer senderismo, cenas y fiestas. Ell@s me conectaban con sus amig@s en otras ciudades, y cuando me movía ya estaba otra vez integrada, incluso estando en el otro lado del mundo.
Con el paso del tiempo, viajar pasó a ser mucho más que ver un monumento, nadar en playas de aguas cristalinas o hacer una foto delante de una escultura. Se convirtió en una experiencia cultural que envuelve a todos los sentidos. Me hizo percibir que son las personas con quienes nos cruzamos en el camino que hacen la diferencia en la experiencia. Me hizo percibir que mi zona de confort no se limita a espacios o distancias, sino a la interacción con las personas.
Nota para tiempos futuros
¿Alguna vez te has preguntado, por qué es tan importante para ti hacer una fotografía frente a un edificio, sólo por el hecho de que se encuentre en otro lugar, lejos de casa? Seguramente todo el mundo lo hace o lo hizo en el pasado, yo incluía (échale un ojo a la imagen que ilustra este artículo). ¿Pero dice eso algo sobre el viaje que has hecho? ¿Y si en lugar de sacar esa foto, escribes sobre las vistas del sitio, o sobre lo que más te gusta en aquella ciudad, cuál es la energía de los habitantes, qué crees del edificio con el que estás a punto de hacer una foto?
Más aún, ¿por qué no preguntas a una persona local cuál es la historia del edificio? Y si ella no lo sabe, puedes contarle una historia sobre tu edificio preferido en tu ciudad.
Las memorias que tenemos con las personas son lo que hace las buenas historias. Y las historias que traemos a casa, para contar a los amigos y familia, son mucho más valiosas que las fotografías. Las fotografías … esas las podemos publicar en las redes sociales para elevar nuestro ego. Pero es sólo eso.
Un agradecimiento especial a l@s chefs y cociner@s que me enseñaron elevando mi viaje a otro nivel: Chef Yin Boey, Malaika Secret Moksha, Andy Teo, Kashew Cheese, Justin Parke & Srey Pov Haing